trinta.
estranho, esse número, né?
não me identifico com 30. não é que eu não me veja com trinta anos. eu tô ok com eles. foram eles que colocaram no meu ombro o peso e a pluma daquilo que eu sou. foram eles que fizeram de mim a soma de tudo o que que vivi, dia a dia. eu sou as lágrimas, eu sou a gargalhada e eu sou os tropeços. momentos. eu sou a soma de todos eles - vários são bons e poucos são ruins. muitos foram tensos, alguns deles excelentes. todos inesquecíveis.
mas eu tô ok com o 30. só acho estranho este número que é par mas na verdade é um número ímpar, quase primo. único, como 30 deve ser. porque querendo ou não a entrada de Balzac é um marco.
é que eu acho que demorei tanto pra aceitar o 29 que agora não consigo me desapegar dele. instistiram tanto pra eu aceitar saturno, e agora devo deixa-lo ir?
não, não e não.
lembro tanto de quando eu usava vestido e fita e andava sujando meus dedos de sorvetes gelatto e pensava no nome e na cara que teriam meus filhos quando eu finalmente chegasse aos 30... pra mim, que desde os 8 espero ansiosamente a chegada do século 21 ("quando eu já vou ter dezenoooove anos!")... 30 era longe demais. aos 30 eu estaria formada e seria uma daquelas mães de margarina, e usaria avental, e seria casada, e seria feliz.
agora, aos 30, eu tenho andado bem feliz. mas os meus 30 têm uma cara tão diferente daquilo que eu sonhava... acho que o meu 30 não casa.
então vou continuar no 29.
e que venha o 31.
nossa. 31 não dá.
Um comentário:
Puxa, eu tinha escrito um mega comentário aqui e ele sumiu!
Snif.
Tava contando que quando eu brincava de PERNAMBUCO eu colocava que queria casar com 24!
Vc brincava disso, Lu?
Mas aí ocorreu que com 25 eu e Bruno já estávamos morando juntos...
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